terça-feira, 8 de abril de 2008

RESENHA CRÍTICA DE “O UNIVERSO DAS ARTES”

A arte não é fácil de ser compreendida, principalmente quando o homem se dá conta de que arte e artesanato não são técnicas tão similares e que as obras de arte não necessariamente são objetos criados no passado. A arte é muito mais complexa que tudo isso. É possível dizer que hoje o seu acesso está mais democrático e ela não pertence apenas a cultura erudita. Isso se deve a indústria cultural que, através da transmissão pela mídia, colocou a arte em um novo mercado fazendo crescer indiretamente o seu consumo.
É disso que se trata o terceiro capítulo, “O Universo das Artes” do livro “O Mundo da Prática”. Esta é considerada uma transposição da realidade, na qual o artista cria um mundo mais belo ou mais expressivo de acordo com a sua própria visão da vida. Os poetas, por exemplo, dão novos sentidos às palavras já existentes e instituem uma "fala falante" criando um mundo de outra maneira.
São feitas relações da arte com a religião e a filosofia, mostrando primeiramente que a arte ligada a religião não passava de meras encomendas e em relação a filosofia a arte está divida entre a Poética e a Estética, a Poética estuda os seres e as ações produzidas pelo homem e a Estética através do artista procura entender a verdadeira beleza; busca a interpretação do bom gosto de cada um.
O autor também afirma com os conceitos já estabelecidos sobre arte e artista permitem a exclusão de alguns destes, já que por grande parte da sociedade, o que permite a legitimação de obra de arte é sua presença no museu ou galeria.
Deste modo, é necessário que se quebre esse conceito para que haja uma amplitude de reconhecimento que permita atingir a diversos públicos, valorizando assim as diferenças culturais na arte.
Com base nas afirmações e enumerações citadas, pode-se concluir que, ao analisar grande parte da percepção histórica da arte, a maneira como as várias sociedades (separadas no espaço e no tempo) se apropriam dela, e os modos como suas características se refletem no contexto em que a obra é produzida (e vice-versa), a Arte, em sua totalidade, é socialmente determinada e exprime a realidade e o imaginário daquele que a produz, sendo por isso considerada um trabalho expressivo, que não seria possível sem uma fundamentação técnica ou científica.
Por: Marcella Benedictis

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